Vertentes do olhar | Eugénio de Andrade
Pronto, já me rendi à poesia. Requisitei o livro deste senhor na biblioteca e vim até casa a lê-lo pela rua. Foi uma experiência inesquecível: o meu corpo já não estava na rua, os meus pensamentos estreitavam-se com os do autor e acho que atingi um estádio de "plenitude".
Apesar de não estar escrito na forma da "poesia convencional" tendo em conta que todos os textos são apresentados em texto corrido há aqui muito de poético. Dá para pensar, dá para cismar, dá para sorrir, dá para nos fecharmos mais em nós próprios. Gostei muito desta experiência. Vou continuar sempre nesta maré de poesia. Chamem-me quando acharem que vale a pena.
"Não gostaria de insistir, mas a beleza dos jovens que se amam é melancólica. Eles não sabem ainda que o desejo de morte é o mais perverso, que só uma coisa os tornaria puros: roubar o fogo e incendiar a cidade."