Desaparecidos | Caroline Eriksson
(prometo que a gravata aqui faz mesmo sentido)
Terminei ontem de ler este livro, confesso que a primeira coisa que me atraíu nele foi a capa (como tantas vezes é), li muito rapidamente a sinopse e muitas estrelinhas de boas opiniões em relação a ele.
Logo na primeira página há uma descrição física do personagem masculino e este tipo de coisas, não sei porquê, quase nunca me caem bem, a não ser que sejam feitos de forma muito simples e quase "sem querer". No entanto, continuei. As primeiras 100 páginas são bastante previsíveis e melhora um pouco depois disso.
A escrita da autora é bastante objectiva, recorre às comparações de sempre e às metáforas do costume, o que acaba por atenuar o objectivo do suspense, do querer saber o que vai acontecer na página seguinte. Se é esse tipo de livro que procuram, não é este. Especialmente, para quem está habituado a thrillers psicológicos complexos (o que nem é o meu caso). A narrativa é composta por frases curtas, bastantes repetições e, na minha opinião, foi colocado demasiado esforço em convencer o leitor de certas coisas para depois desvendar outra coisa completamente diferente. Eu consegui sentir isso e portanto nunca cheguei a acreditar em nada do que estavam a contar.
Uma das coisas que gostei muito no livro foram os capítulos curtos (mesmo muito curtos) que deram bastante ritmo à leitura, temos mesmo a sensação de estarmos a avançar no tempo. Gostei também de alguns pensamentos a itálico que a autora foi introduzindo ao longo da história e que são como uma lufada de ar fresco. O melhor de tudo, é o grande girl power que é demonstrado por parte de todas as personagens femininas, é bom ver isto também acontecer em ficção.
Infelizmente, estes tópicos que referi não foram suficientes para resgatar esta leitura que me trouxe muito pouco de mistério, entreteve-me durante um tempo, mas sem grandes sobressaltos ou surpresas.
Minha pontuação no Goodreads: 1*
Obrigada à Suma de Letras Portugal.